quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Cigarras

Eu vejo, e eu não estou só
Enxergo, contemplo
Almejo, e eu não estou só
Eu corro, e eu não estou só
Respiro, e eu não estou só
Eu canto e danço

A certeza que desata o nó
Sentindo que e eu não estou só

As cigarras cantam por viver
Celebrando a luz do entardecer
Quanto Amor!
A batida forte de um tambor
O universo tudo numa flor
Quanto Amor!

Eu penso, e eu não estou só
Reflito e calo
Sorrio, e eu não estou só
Eu choro, e eu não estou só
Viajo, e eu não estou só
Eu erro e aprendo

A água, o fogo, e ar e o pó
Sou tudo, logo não estou só

As cigarras cantam por viver
Celebrando a luz do entardecer
Quanto Amor!
A batida forte de um tambor
O universo tudo numa flor
Quanto Amor!

Nem dinheiro nem prazer vão trazer o que você está procurando
Nem dinheiro nem prazer vão trazer o que você está procurando

As cigarras cantam por viver
Celebrando a luz do entardecer
Quanto Amor!
A batida forte de um tambor
O universo tudo numa flor
Quanto Amor!


(Forfun)





existe coisa mais linda? creio que não ...

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O viajante

Pedi minhas contas, viajei e caí no mundão.
Vou ver o mundo, tendo o mundo como anfitrião.
Florestas, rios, cidades e litorais,
pessoas, sentimentos tradições e rituais.

Colocarei meus pés em trilhas, pedras, manguezais,
fazendo o elo entre meus filhos e meus ancestrais.
Serei sincero com meu verdadeiro ser.
Quero servir, quero ensinar, eu vim pra aprender.

Me sinto em casa em qualquer lugar,
mas sou turista em todos.
Sou viajante em qualquer lugar,
sou uma parte do todo.

Num sonho eu era como o vento e podia voar.
Voei pra ver as maravilhas de cada lugar.
Dancei com os índios, mergulhei entre os corais,
ouvi história de um coroa que era demais,
vi os dreadlocks e confetes bailando no ar e
três amigas se abraçavam de se transbordar.

Agradecido, aplaudi o pôr-do-sol,
por onde for terei seu fogo como meu farol.

Me sinto em casa em qualquer lugar,
mas sou turista em todos.
Sou viajante em qualquer lugar,
sou uma parte do todo.

Ê mundão, seu filho venceu o breu,
unifique meu corpo ao teu e já não existe mais 'eu'.


( O viajante - Forfun ; disco Polisenso. )

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Saúde - Zélia Duncan

Me cansei de lero-lero, dá licença, mas eu vou sair do sério. (hm hm)
Quero mais saúde, mee cansei de escutar opinião de como ter um mundo melhor ...
mas ninguém sai de cima, nesse chove-não-molha.
Eu sei que agora eu vou é cuidar mais de mim!

Como vai? Tudo bem!
apesar, contudo,toda via ...
mas, porém as águas vão rolar.
Não vou chorar, não.
se por acaso morrer do coração, é sinal que amei demais.
mas enquanto estou viva ,c heia de graça, talvez ainda faça um monte de gente feliz!

Como vai? Tudo bem!
apesar, contudo,toda via ...
mas, porém as águas vão rolar.
Não vou chorar, não.
se por acaso morrer do coração, é sinal que amei demais.
mas enquanto estou viva ,c heia de graça, talvez ainda faça um monte de gente feliz!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

autor desconhecido

O mundo não vai párar de girar e os sonhos não vão deixar de existir.
Sei que mesmo sem você vou ter que viver, vou ter que sonhar, vou ter que crescer...
Porque o tempo não volta, o tempo não pára, o tempo só passa.

Gacela de la Huida - Federico García Lorca

Perdi-me muitas vezes pelo mar, com o ouvido cheio de flores recém-cortadas. Com a língua cheia de amor e de agonia, muitas vezes me perdi pelo mar, como me perco no coração de alguns meninos.

Se em algum momento achei ter me encontrado, vi a sua embarcação e soube da minha ingenuidade. No fim, são apenas nuvens e você se escondendo atrás delas. Apaguei todas as minhas certezas, esqueci as minhas vontades e fiquei só. E não há solidão maior que a dúvida. Por um instante, acreditei que você seria a minha bússola.

Porque as rosas buscam em frente uma dura paisagem de osso. E as mãos do homem não têm mais sentido que imitar as raízes sobre a terra.

E essa angústia. Essa ânsia de precisar de algo que não se tem. Porque os caminhos a minha frente não me satisfazem. Eu apenas sinto essa paisagem que não muda, como esses passos que andam em círculos, como esse sol que sempre volta para o mesmo lugar. Eu só queria um grito. De socorro, de agonia, de alegria ... de amor.

Como me perco no coração de alguns meninos, perdi-me muitas vezes pelo mar. Ignorante da água, vou buscando uma morte de luz que me consuma. (...)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

logo.

querida, não chora.
não vale a pena viver nesse dilema
de querer fazer o bem a quem não sabe faze-lo.

tome este lenço,
enchugue esse rosto de boa moça.
não estrague tua juventude com quem não sabe amar.

viva docemente, mas não deixe que lhe façam mal.
ame, mas entenda que nem todos sabem fazer o mesmo.
saiba que o riso é o melhor remédio,
mesmo em meio a maior das tristezas.
o aprendizado é eterno.

enchugue esse rosto de boa moça.
não estrague tua juventude com quem não sabe amar.