sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Dessa vez - Nando Reis

É bom olhar pra trás e admirar a vida que soubemos fazer
É bom olhar pra frente, é bom nunca é igual
Olhar, beijar e ouvir, cantar um novo dia nascendo
É bom e é tão diferente
Eu não vou chorar, você não vai chorar
Você pode entender que eu não vou mais te ver
Por enquanto, sorria e saiba o que eu sei eu te amo

É bom se apaixonar, ficar feliz, te ver feliz me faz bem
Foi bom se apaixonar, foi bom, e é bom, e o que será?
Por pensar demais eu preferi não pensar demais
dessa vez..
Foi tão bom e porque será
Eu não vou chorar, você não vai chorar
Ninguém precisa chorar mas eu só posso te dizer
Por enquanto, que nessa linda estória os diabos são anjos

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

prazer de mudança

Nossa, acho que eu nunca tinha lido um texto antigo e me identificado tanto.
Bom, eu estava relendo o último texto que eu escrevi aqui e sinceramente , fiquei muito orgulhosa ao constatar que eu mudei bastante.
Não que eu tenha virado outra pessoa, ou simplesmente tenha banido todos os meus medos. LONGE DISSO. Mas eu sinto que aos poucos eu vou evoluindo. E a graça é exatamente essa: evoluir aos poucos.

Nada de acelerar grotescamente e virar uma pessoa irreconhecível.
Ao meu ver, quando mudamos muito, num curto período de tempo, perdemos muito de nossa essência, coisa que eu sempre valorizei demais.

Aprender a combater meus medos será uma eterna luta.
Evolução é uma eterna luta.
Ainda mais ao que se diz respeito a dúvidas, reações e outras coisitas mais.

Bom, a minha nova tática é arriscar mais. E claro, assumir as consequências.
Mas por enquanto isso tem dado certo. Aliás, muito certo. Não há sensação pior do que o arrependimento de não ter arriscado.

Arrisquei, não deu, tudo bem, eu arrisquei.

Agora, quando não se arrisca, tudo fica no 'SE' e isso não trás bons sentimentos.
A insatisfação e a dúvida são duas coisas torturantes.

Me jogarei mais e mais. Sempre respeitando os meus limites.
Porque agora, essa é a minha meta.
Mudar para me satisfazer.

Agora só me resta descobrir os meus limites, o que me agrada, e o que me faz feliz.

Meus gostos mudam..
Bom, eu tenho que mudar as atitudes para ver em que me enquadro melhor, certo?

Chegou a hora, aliás, já passou da hora.
De outubro em diante meu nome será prazer e meu sobrenome será mudança.

domingo, 6 de setembro de 2009

pani no sistema!

Eu nunca tive muita dificuldade para definir o que eu queria, o que eu gostava
Eu nunca tive muita dificuldade para definir o que me fazia e o que não me fazia bem
muito menos o que sentia ou deixava de sentir.

É impressionante, mas acho que com o passar do tempo eu me tornei mais confusa, indecisa e insegura.
Sabe, talvez meu ângulo de visão mude mais rápido do que meu coração e meu cérebro possam se acustumar.

Aliás, eu desconfio que eu não sou um corpo só .. é como se cada órgão funcionasse por sí só.
Não é sempre que me sinto assim, digamos, confusa.
É o coração (sempre ele) que me puxa prum lado, a cabeça pra outra, e a razão, ah, a razão, por onde seguir ?

A grande da verdade é que eu tenho gosto por situações dificultosas, confusas. E acho que isso não vai mudar tão cedo. É quase como um instinto, nascemos e morremos com eles. Carnívoros comem carne, cachorros procuram cachorras no cio e eu, bem, eu procuro trouble.

Aos poucos eu vou me moldando, a tudo, tudo mesmo.
Desenvolvi uma admirável capacidade de adaptação, mas isso naõ significa que eu não saiba o que quero. Eu quero, sempre sei o que quero. E mil desculpas, mas na minha opinão o querer vem diretamente do coração.

'Só vale a pena lutar por aquilo que vale a pena possuir.'

É como se a minha ação tivesse várias fases:
Eu quero com o coração
Penso com a razão
e executo a ação.

Se algo não valer a pena, pen, descartei.

Simples, certo ?
Errado.

Isso não me faz ser diferente, sofrer menos ou mais.
Eu penso diferente da maioria das pessoas.
Não sei se sinto menos ou penso muito, mas a verdade é que as minhas escolhas ultimamente têm sido mais escolhidas pela razão do que pelo coração...

Na verdade, eu sempre soube esse meu modo de viver, de escolher...
E também sempre disse que saberia a hora de mudar.
Bom, cá estou eu.
Mudanças, ai vou eu.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Cotas

Cotas; ai está uma única palavra que dá um belo pano pra manga, não é verdade? 
Em tempos que a educação pública não é das melhores, o preconceito quanto as diversas etnias é frequente, será que realmente será justo retirar as cotas de vestibular?

Há quem apoie com a certeza de que essa nova proposta de mudança trará benefícios, tais como a igualdade. Por outro lado a quem seja radicalmente contra essa mudança, com a simples justificativa de que a desigualdade não é existente exatamente nesse ponto.

Bom, em termos eu até concordo com quem é adepto da primeira opinião,  sabendo que quando acabarem as cotas todos terão as mesmas chances de entrar numa faculdade.
Mas será que tudo o que uma pessoa passou até chegar o dia da prova de vestibular não conta ? 

As cotas se dividem em : negros, indígenas, estudantes de escola pública, portadores de deficiência e filhos de bombeiros e policiais mortos em serviço.

Aqui venho eu expor minha humilde opinião sobre o assunto.
Para ser sincera, eu não tenho uma opinião formada quanto aos  negros e indígenas (talvez por não ter conhecimento da vivência de um deles) mas nesse caso eu realmente acho que isso só causa mais preconceito e mais injustiça.. que culpa tem alguém de ter nascido loiro de olhos azuis ?  

Quanto aos estudantes de escola pública eu sou extremamente a favor, não há quem não enxergue o enorme degrau entre o ensino de escolas particulares e públicas. É visível o descaso com os professores e a falta de infra estrutura e assistência aos alunos. Uma aluno que passou um bom tempo sem aulas não pode ser julgada da mesma forma de quem teve uma maior assistência. O dia em que houver uma igualdade no ensino, sim, serei totalmente a favor da retirada da cota, mas nesse momento, a retirada da cota seria só uma hipocrisia, seria fingir que não temos conhecimento das falhas no sistema, seria fingir que estamos tentando ser justos, quando na verdade, estamos mudando todo um costume para apenas falarmos que mudamos.

Quanto aos portadores de deficiência e filhos de bombeiros, militares e policiais mortos em serviço o assunto é mais delicado ainda, trata-se do psicológico. Ao meu ver, essas cotas também tem que permanecer. Algo que fere o psicológico com certeza é mais doloroso e cicatrização é totalmente diferente do que algo físico, quando há a junção dos dois então, algo terrível. A despreparação psicológica é uma perda quase que irreparável. Não há como apagar o acontecimento, podemos seguir em frente e procurar não pensar nele, mas ele sempre vai estar lá. 

Podemos dizer que esse assunto de cotas é algo muito comentado, e as vezes eu sinto que ele não é tão pensado quanto comentado. Eu mesmo já tive diversas opiniões sobre o assunto, e nesse texto eu estou retratando o que eu penso e sinto agora, pode ser que daqui há alguns anos meu pensamento mude drasticamente.

A grande da verdade é que todos os lados tem bons argumentos, o que torna a decisão extremamente delicada, sem falar que mudar é sempre difícil. Bom, aqui está a minha torcida para a permanência das cotas, pelo menos até que  a igualdade aconteça em todas as horas, não só seja   'descontada' no vestibular.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

escrever

Outro dia estava passeando pelos canais, em busca de alguma programação que me atraisse, e eu parei no Multishow, como de costume...
Estava passando um programa, do qual o nome eu não tenho certeza, acho que era 'Lugar Incomum' se não me falha a memória.. Pelo o que eu entendi do programa, como o nome do programa diz, são coisas incomuns em lugares incomuns

O tema desse episódio era 'Clubinhos', e a apresentadora (Érica Mader) visitava vários 'clubes'..  e um deles me atraiu muito. Claro, era algo fora do padrão, mas de verdade, aquilo foi como a visão do oásis. Se tratava de um espaço feito especialmente para os escritores. A inscrição era feita pelo site e uma visita era marcada, então, sua ficha era avaliada e você entraria ou não no clube, se entrasse, receberia um cartãozinho.
Mas pulando a parte burocrática do negócio, eu fiquei me imaginando horas e horas escrevendo...
Só de ver, me deu vontade de vir correndo pro computador para escrever de tudo, ou nada.

Confesso que a correria do dia a dia e suas inúmeras distrações, me afastam um pouco do blog, eu diria não só do blog. 

Eu sou muito 'chata' com as minhas coisas. Eu não gosto de fazer nada apressada, e muito menos fazer milhões de coisas ao mesmo tempo. Quando eu faço, eu faço bem feito. E vou lhe confessar que hoje em dia, algo bem feito, tem me falhado o costume.

Eu não sei funcionar sob pressão, obrigação e cobranças. Eu sou sempre ciente das minhas obrigações, meus prazos, eu sei lhe dar com eles, mas tudo de um jeito tranquilo, se não impaco.

E me diz, por que os escritores (principalmente os amadores) são tão desvalorizados? 
Eu sempre admirei os escritores, sempre falando por mim, pareciam que me entendiam, sabe? 
Outro dia vieram me falar isso, que talvez eu também transmitisse essa mesma sensação.
Pense, se todos nós escrevêssemos, nós teríamos tanta coisa para nos identificarmos, não é mesmo? 

O que seria eu sem a coluna semanal da gloriosa Martha Medeiros na revista Revista ?

Seria bem diferente, BEM diferente.

Escrever me faz bem, e no final das contas, acho que faz a todo mundo. Comigo não tem essa história de escrever 'bem ou mal' deixa isso para quando você for avaliada pelo professor, na sua prova de redação. Primeiro sinta-se bem com o que você escreve, faça o bem para você, com o que você deseja falar, depois pense nos outros. As maiores bobeiras escritas, podem ser, lá no fundo, o maior alivio concebido.

Minha dica de hoje é: ESCREVA! 

Essa dica é pra mim também, que as vezes me rendo a preguiça de não querer formar opinião sobre um mesmo assunto, ou quando sou vencida pela mesma quando decido ficar em frente a tv, ou quando saio. Mas eu espero conseguir dedicar esse tempo para mim.

Escrevo para nada mais, nada menos, do que saber o que penso, o que sinto.. Para ai então poder viver com certeza do que quero e do que não quero. Talvez eu seja uma exceção, talvez não.

Meta

Bom, ultimamente tenho pensado tanto em levar esse blog a sério...
não é que eu não leve, eu levo, mas confesso que tenho uma resistência a escrever aqui tudo o que eu sinto e bah .. não é uma coisa muito fácil (pelo menos pra mim) saber que outras pessoas vão ler o que eu estou sentindo.. Mas essa é uma das minhas maiores metas para esse ano.. 

Espero conseguir, eu sei que me faz bem. 
Aliás, eu recomendo para todo mundo.. não precisa ser necessariamente em um blog, com todo mundo vendo.
escreva. isso basta. seja aonde for, com quem for, sobre o que for...
botar pra fora sempre é a melhor solução, mesmo que o confidente seja o papel...
bom, só queria dar essa notícia, e deixar marcado aqui, caso eu não consiga, depois de um tempo .. quando eu entrar no blog, vou sentir vergonha de ver que não cumpri. 
deixa eu com os meus métodos estranhos! hoiehoei ((:

quarta-feira, 22 de abril de 2009

guerra por paz

Não sei, mas as vezes penso que em um momento de confusão, tudo fica indeciso.
Já reparou que quem vive em meio a confusões diárias sempre se questiona se aquilo ali é causado por ela?  Claro, normalmente quem se pergunta isso não é o causador daquilo tudo.
Por que é tão difícil perceber o alheio? Por que a maioria das pessoas se contenta em olhar para o seu próprio umbigo, satisfazer suas próprias vontades e ainda por cima jogar todo o peso de confusão para o próximo? 

Sabe, as vezes isso tudo me consome.
Talvez ser O maluco seja mais fácil do que ser A madura que procura entender tudo e todos.
Talvez não, é mais fácil.
De que me vale todo o entendimento ao alheio, se nada muda? Se eu entendo os motivos do outro, mas o outro não consegue decifra-los?
 Dizem por ai que só mudamos a nós mesmos, e ai, e como  fico eu quanto a isso? Se eu percebo o próximo, mas ele não se percebe? 

As vezes é tudo tão complicado que me falta fôlego para olhar  a diante, ver além do tiroteio...

Estudos comprovaram que os sobreviventes da guerra tinham um pensamento que aquilo era passageiro,  imaginavam como seria a vida  após  o término da guerra, traçando uma linha de futuro, ocupando a mente. Talvez seja por saber disso que eu me mantenho de pé, apesar de tudo.

Embora todos achem ao contrário, junto com a maturidade e a visão moderadamente boa do futuro veem as dúvidas e obrigações. 

Quem vê a frente, se preocupa com o que ainda não veio.
Quem pensa nos outros, se preocupa com o que não é seu.
Quem muito se explica, muito se expoe.
Quem muito se expoe, muito leva na cabeça.
Quem muito leva na cabeça, desiste ou segue em frente.

Eu nunca fui de desistir quanto ao que se trata de coisas consideravelmente grandes.
Se eu desisti, eu não desisti, mudei a visão.

Mudar é sempre bom, ainda mais quando se trata de uma tortura sem frutos.

quinta-feira, 5 de março de 2009

navegante

vem de dentro,
sentimento incessável.

me faz mal,
é o caos.

quero o bem, sim.
mas ainda sim, pra mim.

legendas prontas,
declarações mentais.

cadê o tal do navegador?

o que lhe falta é coragem.
de que lhe adianta todo esse traje?

talvez seja eu,
querido,
talvez tudo seja teu.
talvez.

não quero isso, não mais.
quero sim, que sigas em paz.

ável

sou magoável, maliável ...
sou amigável, até demais.

inflámável nos extremos.

palhaceio, gargalho.
choro, sou migalhos.

sou infrequente, inconsequente, impaciente.
quero, não quero, quero mais ainda.
brigo, desculpo, brigo, tristeio.
lágrimas do coração vão pro pulmão?

uma palhaça morrer afogada?
trágico ou palhaçada ?

afogo-me, levanto, respiro.
foi só mais uma soca da vida.

mas ao contrário da maioria, eu não quero chegar em terra firme.
a curiosidade me entorpece.
eu quero descobrir o que tem além da linha do horizonte.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

qual será a diferença entre amor e paixonite agúda?

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Amigos.

bom, estou aqui para escrever algo sobre um tema muito do batido, dito, redito, reescrito ...
creio eu, que pelo simples fato de que é, talvez, a coisa mais agradável de uma vida .. amizade.

Acho inevitável falar de amizade, sem falar de confiaça. (acho esse o maior princípio de qualquer relação.) Ninguém sai contando segredos para o mendingo, não é mesmo? quer dizer, tem sempre um que o faz, mas não é comun...

Observo e chego a conclusão de que é incrível tudo que uma amizade engloba.
Desde opostos, ex-inimigos, mulheres que desputavam o mesmo homem, ex maridos, ex esposas, e aquela velha amizade de infância, quando a pessoa não tem mais nenhuma refêrencia além de 'meu amigo'.

Amigo de infância, esse é o tipo de amizade que raramente irá murchar, porque como o amigo é tido como um familiar, frequentador de carteirinha da nossa residência, quando há uma briguinha, há também uma família torcendo para que tudo volte as claras. Acho muito difícil, não inevitável, mas muito raro amigos de infância pararem de se falar. Assim como irmãos, por mais longe que estejam um do outro, quando há o reencontro parece que nada mudou, que o tempo não passou e que a distância não existiu em momento algum ...

Outra coisa altamente intrigante das amizades é que você pode conviver com uma pessoa diariamente e não ter absolutamente nenhuma vontade de ter uma amizade com ela, no entanto, nos esforçamos ao máximo para manter amizades á distância ...

O que será que faz a gente se afinar com um e não dar bola para o outro?
O que será que diferencia as amizades?

Há quem não saiba diferenciar amigos de namoricos.
Há quem ache que não existe amizade entre homens e mulheres.
Há quem ache que não existe amizade entre héteros e homos.

E claro, há quem ache que antes os amigos do que os inimigos, afinal, amizade existe em todos os campos de relação, desde o indispensável amigo de todas as horas, até o amante fulgaz.

Eu juro que ás vezes eu tento desvendar os grandes mistérios da amizade, mas quando eu chego a uma simples conclusão, vejo tudo mudar, então, eu finjo a desistência de entender e paralelamente a isso, vou vivendo as minhas deliciosas e indispensáveis amizades, agradecendo a todos que passaram, estão e virão a atuar na grande peça da minha vida.
Obrigada, sem vocês a peça não teria a menor graça.

sábado, 3 de janeiro de 2009

“Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,a que se deu o nome de ano,foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança,fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para diante,vai ser diferente. “

(Carlos Drummond de Andrade)