sexta-feira, 29 de maio de 2009

Cotas

Cotas; ai está uma única palavra que dá um belo pano pra manga, não é verdade? 
Em tempos que a educação pública não é das melhores, o preconceito quanto as diversas etnias é frequente, será que realmente será justo retirar as cotas de vestibular?

Há quem apoie com a certeza de que essa nova proposta de mudança trará benefícios, tais como a igualdade. Por outro lado a quem seja radicalmente contra essa mudança, com a simples justificativa de que a desigualdade não é existente exatamente nesse ponto.

Bom, em termos eu até concordo com quem é adepto da primeira opinião,  sabendo que quando acabarem as cotas todos terão as mesmas chances de entrar numa faculdade.
Mas será que tudo o que uma pessoa passou até chegar o dia da prova de vestibular não conta ? 

As cotas se dividem em : negros, indígenas, estudantes de escola pública, portadores de deficiência e filhos de bombeiros e policiais mortos em serviço.

Aqui venho eu expor minha humilde opinião sobre o assunto.
Para ser sincera, eu não tenho uma opinião formada quanto aos  negros e indígenas (talvez por não ter conhecimento da vivência de um deles) mas nesse caso eu realmente acho que isso só causa mais preconceito e mais injustiça.. que culpa tem alguém de ter nascido loiro de olhos azuis ?  

Quanto aos estudantes de escola pública eu sou extremamente a favor, não há quem não enxergue o enorme degrau entre o ensino de escolas particulares e públicas. É visível o descaso com os professores e a falta de infra estrutura e assistência aos alunos. Uma aluno que passou um bom tempo sem aulas não pode ser julgada da mesma forma de quem teve uma maior assistência. O dia em que houver uma igualdade no ensino, sim, serei totalmente a favor da retirada da cota, mas nesse momento, a retirada da cota seria só uma hipocrisia, seria fingir que não temos conhecimento das falhas no sistema, seria fingir que estamos tentando ser justos, quando na verdade, estamos mudando todo um costume para apenas falarmos que mudamos.

Quanto aos portadores de deficiência e filhos de bombeiros, militares e policiais mortos em serviço o assunto é mais delicado ainda, trata-se do psicológico. Ao meu ver, essas cotas também tem que permanecer. Algo que fere o psicológico com certeza é mais doloroso e cicatrização é totalmente diferente do que algo físico, quando há a junção dos dois então, algo terrível. A despreparação psicológica é uma perda quase que irreparável. Não há como apagar o acontecimento, podemos seguir em frente e procurar não pensar nele, mas ele sempre vai estar lá. 

Podemos dizer que esse assunto de cotas é algo muito comentado, e as vezes eu sinto que ele não é tão pensado quanto comentado. Eu mesmo já tive diversas opiniões sobre o assunto, e nesse texto eu estou retratando o que eu penso e sinto agora, pode ser que daqui há alguns anos meu pensamento mude drasticamente.

A grande da verdade é que todos os lados tem bons argumentos, o que torna a decisão extremamente delicada, sem falar que mudar é sempre difícil. Bom, aqui está a minha torcida para a permanência das cotas, pelo menos até que  a igualdade aconteça em todas as horas, não só seja   'descontada' no vestibular.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

escrever

Outro dia estava passeando pelos canais, em busca de alguma programação que me atraisse, e eu parei no Multishow, como de costume...
Estava passando um programa, do qual o nome eu não tenho certeza, acho que era 'Lugar Incomum' se não me falha a memória.. Pelo o que eu entendi do programa, como o nome do programa diz, são coisas incomuns em lugares incomuns

O tema desse episódio era 'Clubinhos', e a apresentadora (Érica Mader) visitava vários 'clubes'..  e um deles me atraiu muito. Claro, era algo fora do padrão, mas de verdade, aquilo foi como a visão do oásis. Se tratava de um espaço feito especialmente para os escritores. A inscrição era feita pelo site e uma visita era marcada, então, sua ficha era avaliada e você entraria ou não no clube, se entrasse, receberia um cartãozinho.
Mas pulando a parte burocrática do negócio, eu fiquei me imaginando horas e horas escrevendo...
Só de ver, me deu vontade de vir correndo pro computador para escrever de tudo, ou nada.

Confesso que a correria do dia a dia e suas inúmeras distrações, me afastam um pouco do blog, eu diria não só do blog. 

Eu sou muito 'chata' com as minhas coisas. Eu não gosto de fazer nada apressada, e muito menos fazer milhões de coisas ao mesmo tempo. Quando eu faço, eu faço bem feito. E vou lhe confessar que hoje em dia, algo bem feito, tem me falhado o costume.

Eu não sei funcionar sob pressão, obrigação e cobranças. Eu sou sempre ciente das minhas obrigações, meus prazos, eu sei lhe dar com eles, mas tudo de um jeito tranquilo, se não impaco.

E me diz, por que os escritores (principalmente os amadores) são tão desvalorizados? 
Eu sempre admirei os escritores, sempre falando por mim, pareciam que me entendiam, sabe? 
Outro dia vieram me falar isso, que talvez eu também transmitisse essa mesma sensação.
Pense, se todos nós escrevêssemos, nós teríamos tanta coisa para nos identificarmos, não é mesmo? 

O que seria eu sem a coluna semanal da gloriosa Martha Medeiros na revista Revista ?

Seria bem diferente, BEM diferente.

Escrever me faz bem, e no final das contas, acho que faz a todo mundo. Comigo não tem essa história de escrever 'bem ou mal' deixa isso para quando você for avaliada pelo professor, na sua prova de redação. Primeiro sinta-se bem com o que você escreve, faça o bem para você, com o que você deseja falar, depois pense nos outros. As maiores bobeiras escritas, podem ser, lá no fundo, o maior alivio concebido.

Minha dica de hoje é: ESCREVA! 

Essa dica é pra mim também, que as vezes me rendo a preguiça de não querer formar opinião sobre um mesmo assunto, ou quando sou vencida pela mesma quando decido ficar em frente a tv, ou quando saio. Mas eu espero conseguir dedicar esse tempo para mim.

Escrevo para nada mais, nada menos, do que saber o que penso, o que sinto.. Para ai então poder viver com certeza do que quero e do que não quero. Talvez eu seja uma exceção, talvez não.

Meta

Bom, ultimamente tenho pensado tanto em levar esse blog a sério...
não é que eu não leve, eu levo, mas confesso que tenho uma resistência a escrever aqui tudo o que eu sinto e bah .. não é uma coisa muito fácil (pelo menos pra mim) saber que outras pessoas vão ler o que eu estou sentindo.. Mas essa é uma das minhas maiores metas para esse ano.. 

Espero conseguir, eu sei que me faz bem. 
Aliás, eu recomendo para todo mundo.. não precisa ser necessariamente em um blog, com todo mundo vendo.
escreva. isso basta. seja aonde for, com quem for, sobre o que for...
botar pra fora sempre é a melhor solução, mesmo que o confidente seja o papel...
bom, só queria dar essa notícia, e deixar marcado aqui, caso eu não consiga, depois de um tempo .. quando eu entrar no blog, vou sentir vergonha de ver que não cumpri. 
deixa eu com os meus métodos estranhos! hoiehoei ((: